sábado, 1 de maio de 2010

My Voki

E-Fólio B: Ficha de Leitura

Factores de risco e factores de protecção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área

Autores:

Maia, Joviane Marcondelli Dias
Williams, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque

Proveniência do Artigo:

Universidade Federal de São Carlos

Palavras-chave:

Factores de risco; factores de protecção; risco; protecção; desenvolvimento infantil; violência; negligência.

Sinopse:

Após análise do artigo escolhido, a principal ideia mencionada são os factores de risco e de protecção ao desenvolvimento infantil, onde vários autores referem os factores mais importantes para um desenvolvimento infantil saudável. O objectivo é dar a conhecer os direitos das crianças e jovens na nossa sociedade.

Introdução:

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Federal n.º 8069, 1990) veio criar os direitos das crianças e jovens, no qual se destaca a obrigatoriedade de que todo o profissional das áreas social, educação e saúde, deva comunicar as autoridades os casos de seu conhecimento envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos e/ou violência contra as crianças ou jovens, bem como, factores de risco envolvidos no desenvolvimento infantil. Caso o profissional tenha conhecimento e não comunique às autoridades, este será punido.

Factores de risco ao desenvolvimento infantil:


Este artigo, através de vários autores, refere muitos factores de risco presentes diariamente. Segundo Bardett (1997), “as crianças mais jovens ou bebés são mais vulneráveis a sofrerem abuso físico” uma vez que, estas crianças não estão diariamente em contacto com educadores/professores, que poderiam detectar e comunicar às autoridades competentes, as suspeitas de abuso e negligência, bem como, maus-tratos de injúrias acidentais.
Como características de crianças com maior vulnerabilidade para o abuso físico, Hughes et al (2001) destacam que acontece geralmente na idade inferior a cinco anos, complicações no nascimento, deficiências físicas e mentais.
Monteiro, Abreu & Phebo (1997a) explica que a negligência ocorre quando se priva a criança de algo que ela necessite e que seja essencial para o desenvolvimento sadio da mesma (alimentação, vestuário, segurança, oportunidade de estudo, etc).
Uma outra referência que França (2003), salienta é que “a violência psicológica ocorre quando alguém é submetido a ameaças, humilhações e privação emocional. Esta violência pode consistir em ameaças de vários tipos (suicídio, morte, danificação de prioridade, agressão à vitima ou a seus ente queridos, entre outras)”. Este tipo de violência é a mais difícil de se detectar, apesar de ocorrer com maior frequência. Como factores de risco para a ocorrência deste tipo de violência, destaca-se: a depressão; tentativas de suicídio; baixa auto-estima; stress social; violência domestica e disfunção familiar.
Uma criança que nasce e vive num lar violento, de modo geral, mesmo não sendo vítima da violência, pode apresentar problemas psicológicos devido a exposição à violência conjugal. Esta criança que presencia a violência do pai contra a mãe, é uma criança que necessita de protecção, e que poderá tornar-se um marido agressor ou uma mulher agredida (Sinclair, 1985).

Factores de protecção ao desenvolvimento infantil:

Neste mesmo artigo podemos encontrar outros entendidos nesta matéria que nos ajudam a compreender melhor os factores de protecção. Segundo Garmezy (1985), existem três categorias de factores de protecção que são: a) atributos disposicionais da criança (actividades, autonomia, orientação social positiva, auto-estima, etc); b) características da família (coesão, afectividade e ausência de discórdia, negligência, etc); e c) fontes de apoio individual ou institucional disponível para a criança e a família (relacionamento da criança com as pessoas fora da família, suporte cultural, etc.).
Para Bee (1995), a família pode ser destacada como responsável pelo processo de socialização da criança, uma vez que, esta adquire comportamentos, habilidades e valores apropriados e desejáveis à sua cultura. [No que diz respeito aos factores de protecção ao desenvolvimento, a família é o pilar mais importante para a criança/adolescente, uma vez que, se existir um bom funcionamento familiar, onde haja comunicação, disciplina e valores familiares, a criança sente-se protegida e segura].
Rae-Grant, Thomas, Offord e Boyle (1989) salientam outros factores não menos importantes para as crianças. É o caso dos factores familiares favoráveis (o suporte dos pais, a proximidade da família e um ambiente de regras adequados) e os factores da comunidade (os relacionamentos que as crianças apresentam com outros adultos, assim como com instituições com as quais elas mantenham contacto).
A Associação Americana de Psicologia (APA), destaca alguns factores associados a “resiliência”, que podemos referir: a) relacionamento positivo com um adulto; b) ambiente familiar positivo e c) inteligência emocional, embora não seja necessário estes factores para que o adolescente se torne resiliente frente às adversidades.
Pode-se referenciar a criança com idade acima dos cinco anos, como uma característica associada a baixo risco de resultados negativos. (Hughes et al., 2001).
Para finalizar esta ficha de leitura, podemos mencionar como principais factores de protecção familiar, que possam promover comportamentos saudáveis: - um relacionamento positivo entre pais e crianças; métodos positivos de disciplina e supervisão, entre outros. O suporte familiar saudável é sempre o mais importante no desenvolvimento infantil.

Referência Bibliográfica:

http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/v13n2a03t.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia)