sábado, 5 de junho de 2010

E-Fólio C - Psicologia do Desenvolvimento

Fundamentação das necessidades dos jovens adultos

Após a selecção de um grupo de jovens adultos, fomos integrá-los num projecto onde o principal objectivo era promover o desenvolvimento pessoal e social deste grupo do mesmo nível etário.
As principais características dos jovens adultos (fase depois da adolescência e antes da adultez) são: aquisição de um pico de vitalidade, força e resistências físicas, a aparência física, as capacidades relacionadas com o auto conceito, aquisição de maior capacidade para lidar e resolver os problemas.
A actividade profissional é uma outra parte do ciclo de vida do jovem adulto que começa a ter um grande “peso” no seu quotidiano, geralmente é quando começam a ter um percurso profissional, passam a definir-se como indivíduo na sociedade.
É nesta fase do ciclo da vida que se dá uma grande transformação em praticamente todas as áreas (personalidade, vida conjugal, vida familiar e relações sociais).
Depois de algumas pesquisas, verificamos que uma das prioridades destes jovens era o ingresso no ensino superior, ou seja, tornar-se novamente estudante, factor que contribui para o incremento dos estudos sobre a fase intermédia entre a adolescência e a idade adulta.
Segundo Chickering (idem), “ o aparecimento de um novo período de desenvolvimento entre os 17/18 – 28/30 anos) advém do prolongamento da escolaridade até ao ensino superior e de todas as mudanças internas e externas inerentes.” (pp. 87)
Para muitos jovens adultos a frequência do ensino superior é a última oportunidade de experimentarem mudanças significativas antes de iniciarem novas responsabilidades nas áreas sociais, pessoais e profissionais.
Ainda sobre o ponto de vista de Chickering, o jovem universitário experiencia várias fases, a que este dá a designação de vectores de desenvolvimento, que deverão ser resolvidos para que se possa passar para outro vector, no sentido de construção da sua identidade, sendo a resolução desse factor positiva ou negativa.
Se for negativa, a probalidade de regressar ao vector anterior aumenta, com o intuito de nova tentativa de resolução desse mesmo vector. Estes vectores referidos por Chickering são: 1) Tornar-se competente; 2) dominar emoções; 3) Desenvolver autonomia; 4) estabelecer a identidade; 5) promover relações interpessoais; 6) desenvolver valores e ideias; 7) promover a integridade pessoal e social (quadro 8- pp. 87).
Existe outros dois conceitos integrados na teoria de Chickering são a diferenciação e a integração, através dos quais o desenvolvimento se processa. A diferenciação, é quando se percebe a distinção entre conceitos conhecimentos anteriormente e que agora se reflecte na variação e clarificação de interesses. No que diz respeito a integração, esta possibilita o processamento da informação retida, a qual reestrutura novos esquemas mentais organizados e muito mais complexos.
O sucesso académico do jovem adulto consegue ser compreendido para além das suas capacidades intelectuais, uma vez que a maturidade psicológica assume um papel fundamental na sua adaptação nesta nova etapa.


Bibliografia Consultada:

- Tavares, J. et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.

- Tema 3: Ciclo de Desenvolvimento Idade Adulta e Velhice, disponibilizado na plataforma desta unidade curricular pelos docentes.


Powerpoint:
- As ideias do Senso comum face à velhice e porque é que a sociedade não pode aceitar essas ideias

Endereço Slideshare: http://www.slideshare.net/secret/mdQpkYaECT1Sgg

Mapa Conceptual

sábado, 1 de maio de 2010

My Voki

E-Fólio B: Ficha de Leitura

Factores de risco e factores de protecção ao desenvolvimento infantil: uma revisão da área

Autores:

Maia, Joviane Marcondelli Dias
Williams, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque

Proveniência do Artigo:

Universidade Federal de São Carlos

Palavras-chave:

Factores de risco; factores de protecção; risco; protecção; desenvolvimento infantil; violência; negligência.

Sinopse:

Após análise do artigo escolhido, a principal ideia mencionada são os factores de risco e de protecção ao desenvolvimento infantil, onde vários autores referem os factores mais importantes para um desenvolvimento infantil saudável. O objectivo é dar a conhecer os direitos das crianças e jovens na nossa sociedade.

Introdução:

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Federal n.º 8069, 1990) veio criar os direitos das crianças e jovens, no qual se destaca a obrigatoriedade de que todo o profissional das áreas social, educação e saúde, deva comunicar as autoridades os casos de seu conhecimento envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos e/ou violência contra as crianças ou jovens, bem como, factores de risco envolvidos no desenvolvimento infantil. Caso o profissional tenha conhecimento e não comunique às autoridades, este será punido.

Factores de risco ao desenvolvimento infantil:


Este artigo, através de vários autores, refere muitos factores de risco presentes diariamente. Segundo Bardett (1997), “as crianças mais jovens ou bebés são mais vulneráveis a sofrerem abuso físico” uma vez que, estas crianças não estão diariamente em contacto com educadores/professores, que poderiam detectar e comunicar às autoridades competentes, as suspeitas de abuso e negligência, bem como, maus-tratos de injúrias acidentais.
Como características de crianças com maior vulnerabilidade para o abuso físico, Hughes et al (2001) destacam que acontece geralmente na idade inferior a cinco anos, complicações no nascimento, deficiências físicas e mentais.
Monteiro, Abreu & Phebo (1997a) explica que a negligência ocorre quando se priva a criança de algo que ela necessite e que seja essencial para o desenvolvimento sadio da mesma (alimentação, vestuário, segurança, oportunidade de estudo, etc).
Uma outra referência que França (2003), salienta é que “a violência psicológica ocorre quando alguém é submetido a ameaças, humilhações e privação emocional. Esta violência pode consistir em ameaças de vários tipos (suicídio, morte, danificação de prioridade, agressão à vitima ou a seus ente queridos, entre outras)”. Este tipo de violência é a mais difícil de se detectar, apesar de ocorrer com maior frequência. Como factores de risco para a ocorrência deste tipo de violência, destaca-se: a depressão; tentativas de suicídio; baixa auto-estima; stress social; violência domestica e disfunção familiar.
Uma criança que nasce e vive num lar violento, de modo geral, mesmo não sendo vítima da violência, pode apresentar problemas psicológicos devido a exposição à violência conjugal. Esta criança que presencia a violência do pai contra a mãe, é uma criança que necessita de protecção, e que poderá tornar-se um marido agressor ou uma mulher agredida (Sinclair, 1985).

Factores de protecção ao desenvolvimento infantil:

Neste mesmo artigo podemos encontrar outros entendidos nesta matéria que nos ajudam a compreender melhor os factores de protecção. Segundo Garmezy (1985), existem três categorias de factores de protecção que são: a) atributos disposicionais da criança (actividades, autonomia, orientação social positiva, auto-estima, etc); b) características da família (coesão, afectividade e ausência de discórdia, negligência, etc); e c) fontes de apoio individual ou institucional disponível para a criança e a família (relacionamento da criança com as pessoas fora da família, suporte cultural, etc.).
Para Bee (1995), a família pode ser destacada como responsável pelo processo de socialização da criança, uma vez que, esta adquire comportamentos, habilidades e valores apropriados e desejáveis à sua cultura. [No que diz respeito aos factores de protecção ao desenvolvimento, a família é o pilar mais importante para a criança/adolescente, uma vez que, se existir um bom funcionamento familiar, onde haja comunicação, disciplina e valores familiares, a criança sente-se protegida e segura].
Rae-Grant, Thomas, Offord e Boyle (1989) salientam outros factores não menos importantes para as crianças. É o caso dos factores familiares favoráveis (o suporte dos pais, a proximidade da família e um ambiente de regras adequados) e os factores da comunidade (os relacionamentos que as crianças apresentam com outros adultos, assim como com instituições com as quais elas mantenham contacto).
A Associação Americana de Psicologia (APA), destaca alguns factores associados a “resiliência”, que podemos referir: a) relacionamento positivo com um adulto; b) ambiente familiar positivo e c) inteligência emocional, embora não seja necessário estes factores para que o adolescente se torne resiliente frente às adversidades.
Pode-se referenciar a criança com idade acima dos cinco anos, como uma característica associada a baixo risco de resultados negativos. (Hughes et al., 2001).
Para finalizar esta ficha de leitura, podemos mencionar como principais factores de protecção familiar, que possam promover comportamentos saudáveis: - um relacionamento positivo entre pais e crianças; métodos positivos de disciplina e supervisão, entre outros. O suporte familiar saudável é sempre o mais importante no desenvolvimento infantil.

Referência Bibliográfica:

http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/v13n2a03t.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia)

sábado, 27 de março de 2010

Resposta A

A Psicologia do desenvolvimento é a área das Ciências Humanas que mais se dedica ao estudo do desenvolvimento humano, tendo como objecto de estudo as etapas do ciclo de vida, denominadas estádios de desenvolvimento.
Este desenvolvimento apresenta-se como um processo complexo que tem início no momento da sua concepção e evolui ao longo de todo o ciclo de vida, sendo resultado de múltiplos factores (psicológicos, biológicos, sociais e culturais) os quais sofrem algumas mudanças que vão surgindo ao longo da vida do indivíduo.
Estas mudanças são progressivas, contínuas e cumulativas que resultam de uma crescente reorganização interna.
No estudo do desenvolvimento humano surge uma questão primordial que diz respeito à interligação do meio com a hereditariedade, a qual deu origem as teorias mais relevantes para tentar explicar o desenvolvimento humano, estas teorias são: psicanalíticas, behaviorista, cognitivista e humanista, ás quais têm características e métodos de estudo diferentes.
A questão fundamental é que o estudo do desenvolvimento humano nunca está completo, ou seja, esta em constante actualização.

Resposta B

1. Segundo Jean Piaget, o que nos distingue dos outros animais é a nossa capacidade de raciocínio e o desenvolvimento cognitivo. Para que surja este desenvolvimento existem dois aspectos fundamentais: o processo de conhecer e os estádios de desenvolvimento pelos quais passamos e pelos mecanismos específicos de adaptação, assim, o que explica estes ritmos de desenvolvimento são os estádios de desenvolvimento, embora, sejam diferentes de indivíduo para indivíduo.
O desenvolvimento humano progride de um estádio simples para um estádio mais complexo e do geral para o específico. No caso da criança de dois anos, estamos perante o desenvolvimento sensorimotor. Neste estádio de desenvolvimento, a criança evolui de uma situação puramente reflexa até a diferenciação do mundo exterior em relação a si própria.

2. Henry Goddard foi um psicólogo americano proeminente e forte defensor da eugenia que realizou diversos estudos sobre o grau de inteligência do ser humano.
Após o estudo da genealogia efectuado a duas linhagens de dois ramos da família Kallikak, tentou provar que no desenvolvimento humano a hereditariedade é o factor mais importante.

3. Na frase de Watson: “Dêem-me um bebé e eu farei dele o que quiser, um ladrão ou um juiz, um pistoleiro ou um médico…”, este está a pôr em prática a sua corrente behaviorista ou comportamentalista, a qual defende a ideia de que o comportamento de um individuo varia de acordo com os estímulos provenientes do ambiente onde está inserido, ou seja, a criança irá reagir consoante a forma que é educada. Despreza a hereditariedade.

4. Os defensores da hereditariedade, relativamente a esta criança argumentariam que o desenvolvimento do ser humano depende apenas do código genético recebido que resulta de um processo fisiológico, no qual a hereditariedade actua após o nascimento (maturação), e que o meio em torno do sujeito torna-se irrelevante.
Em relação aos defensores do meio, estes diriam que os factores do meio são os elementos primordiais no desenvolvimento humano e que a influência genética é subvalorizada.


5. Na minha opinião, qualquer uma das abordagens apresentadas tem influência no processo de aprendizagem, uma vez que estão interligadas dando origem à abordagem interaccionista, a qual valoriza quer os factores hereditários, quer os valores contextuais e de aprendizagem. Segundo Piaget e Erikson, existe uma co-importância do meio e da hereditariedade no desenvolvimento humano, no entanto, prevalece a nature (relacionada com factores hereditários).

6. Nesta questão enumero as afirmações colocadas e a frente coloco o meu grau de concordância:
6.1. Concordo; 6.2. Concordo muito; 6.3. Concordo; 6.4. Discordo muito; 6.5. Discordo; 6.6. Concordo.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Psicologia

Ciência positiva dos factos psíquicos, quer estudados subjectivamente (factos de consciência), quer objectivamente (factos de comportamento). Conjunto dos traços de carácter de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos com aptidão particular para compreender os outros e a si mesmo.
Disponível na www: http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/psicologia [Consultado a 2010-03-17 às 16h 00m].
A Psicologia por sua vez, tem como sub-domínios de estudo e de intervenção a psicologia clínica, psicologia do desenvolvimento, psicologia Infantil, psicologia educacional, entre outros.

Uma vez que o meu objectivo seria trabalhar com crianças, destaco a psicologia do desenvolvimento, infantil e educacional.

Psicologia do Desenvolvimento

A Psicologia do Desenvolvimento (ou Psicologia Desenvolvimental) estuda as mudanças no pensamento e no comportamento que ocorrem ao longo de todo o ciclo de vida humano preocupando-se não só em identificar estas mudanças mas também em descobrir os motivos pelos quais estas mudanças ocorrem, e como ocorrem. Os especialistas, desta vertente da psicologia, procuram compreender os processos do desenvolvimento pré-natal e pós-natal, ou seja, o desenvolvimento do nosso comportamento ao longo da vida.

Video Desenvolvimento Infantil

http://www.youtube.com/watch?v=aFpkV3n1l88

Estádio de Desenvolvimento

Jean Piaget (Neuchâtel, 9 de Agosto de 1896 – Genebra, 16 de Setembro de 1980) foi um epistemólogo suíço, considerado o maior contribuidor para a psicologia do desenvolvimento, segundo este, no processo do desenvolvimento cada criança se desenvolve através de três estádios fundamentais:
Sensorimotor – que vai do nascimento aos 2 anos de idade. Neste estádio a criança evolui de uma situação puramente reflexa até a diferenciação do mundo exterior em relação a si própria.
Operações Concretas – estende-se dos 2 aos 11 anos de idade e subdivide-se em pensamento pré-operacional (2 a 7 anos) e pensamento operacional concreto.
Operações Formais – de 11/12 até 14/15 anos. Período no qual o adolescente ajusta-se à realidade completa da sua actualidade, mas também é capaz de lidar com o mundo das possibilidades.


Disponível na www: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean Piaget#Biografia
[Consultado a 2010-03-17 às 16h 00m].Disponível na www:
http://pt.shvoong.com/books/1857536-jean-piaget-desenvolvimento-da-intelig%C3%AAncia/. [Consultado a 2010-03-17 às 16h16m].

Psicologia Educacional

A Psicologia Educacional (ou Psicologia da Educação) consiste na aplicação da psicologia e dos métodos psicológicos ao estudo do desenvolvimento, da aprendizagem, da motivação, da instrução, da avaliação e temáticas associadas que influenciam a interacção entre o ensino e a aprendizagem.

Psicologia Infantil

A Psicologia Infantil (também designada de Psicologia do Desenvolvimento da Criança) concentra-se sobretudo no crescimento e desenvolvimento da criança e nas mudanças que ocorrem nas diversas áreas (incluindo as áreas física, cognitiva, emocional e social).